Município em alerta

Os estragos sem precedentes motivaram o decreto de
situação de emergência ainda na tarde da quinta-feira, dia 24, em Xavantina.
Pontes foram
totalmente destruídas, cinco famílias estão isoladas e um deslizamento acabou
em tragédia no centro da cidade. Praticamente todo o interior do município foi
afetado e a equipe do departamento de Transportes, Obras e Urbanismo (DMER)
trabalha na desobstrução das estradas.

Na manhã da quinta-feira, 24, o coordenador regional da Defesa Civil Luciano
Peri e o responsável pelo setor no município, Fernando Borges, junto com a
equipe realizaram visitas em diversos pontos da cidade e do interior. Em função
dos estragos causados nas estradas, visando a segurança da população uma das
primeiras decisões foi o cancelamento das aulas na rede municipal de ensino no
término da semana.

Outro fato comum na região em épocas de fortes chuvas são os prejuízos
às lavouras e propriedades rurais, que influenciam diretamente na economia do
município. A equipe trabalha no levantamento dos dados e dos prejuízos.  

Também na quinta-feira, os vereadores se reuniram em sessões ordinária e
extraordinária, em caráter de urgência, para aprovação de projetos de
suplementação de recursos para o DMER, que irá auxiliar nas atividades de
recuperação do cenário local. Recursos da reserva de contingência do município,
que serve para atender emergências, também serão utilizados.

Os representantes da Defesa Civil enfatizam ainda que o alerta continua
pelo menos até este sábado, dia 26, quando deve voltar a ocorrer chover
significativamente.   

 

Tragédia

 

Por volta das 4h30 da quinta-feira, 24, o empresário xavantinense Sadir
da Silva Ferreira, de 62 anos, tentou desentupir uma vala para escoamento de
água da chuva próximo a sua residência, quando foi soterrado após um
deslizamento de terra. Uma equipe de 25 socorristas trabalhou no resgate e somente
após quase três horas conseguiu retirar o corpo.

Conforme Peri, “este foi um fato isolado, que não é comum nesta região
em virtude do tipo de solo e deverá ser incluído no plano de contingência do
município para avaliações posteriores”.